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RÁDIO NOSSA JOVEM GUARDA: março 2015

março 16, 2015

"Quando a Jovem Guarda acabou, bebi muito e comecei com as drogas", revela Erasmo Carlos

Um dos líderes da Jovem Guarda, Erasmo Carlos não encarou com naturalidade quando o movimento chegou ao fim, no início dos anos 70.

Em entrevista ao programa Áudio Retrato, do canal Bis, o músico explicou que não esperava que as coisas fossem mudar tanto

em sua carreira quando tivesse que seguir sozinho e sem apresentar o programa de TV que mantinha em parceria com Roberto Carlos e Wanderleia.

Eu era um sonhador. A Jovem Guarda para mim era uma coisa tão linda. Todo domingo à tarde a gente se encontrava. Um monte de músicos, bandas. A gente conversava, contava casos. Tinha o programa (de TV). São Paulo inteira, aquelas meninas lindas, carros maravilhosos parados na porta. Aquela festa que parecia que nunca ia ter fim e, um belo dia, terminou.

Nesse período, Erasmo lembra que se sentia muito triste e recorreu às drogas para tentar aliviar suas dores.

Caiu o chão para mim. Pensava que seria uma coisa que duraria para sempre e não durou. A realidade estava ali, o sistema pisando, o ser humano descartável, você não serve mais. Com tudo isso eu aprendi. Mas demorei muito para me equilibrar. Então foi a época que bebi muito, que comecei com as drogas. Foi um período bem ruim para mim.





Fonte:r7

março 14, 2015

Jovem Guarda: É uma brasa, uai!

A mineira Wanderléa, ao lado de Roberto Carlos

Foi num domingo de setembro de 1965, às 16h30, que os então jovens Roberto, Erasmo Carlos e Wanderléa estrearam como apresentadores na TV Record. Antes de completar seis meses, o programa gravado em São Paulo teve que migrar do Teatro Paramount para um local bem maior, o Cinema Universo – que tinha capacidade para quase 5.000 pessoas. A estreia no novo espaço foi na comemoração do aniversário de Roberto Carlos.

Nos arredores da avenida Celso Garcia, palco daquela apresentação, os fãs se desesperavam para ver o novo ídolo, nem que fosse de relance, aos berros de “Ei, ei, ei, Roberto é nosso Rei” e “Asa, asa, asa, o Roberto é uma brasa”. Estava consolidado o sucesso popular do programa “Jovem Guarda”, que fundou as bases do primeiro movimento do rock nacional e marcou o início do estilo musical que levou seu nome. “Jovem Guarda” era transmitido ao vivo para a capital paulista, e em videotape chegava ao Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre e Recife.

A capital mineira, que recebe nos próximos dias dois de seus principais expoentes (Wanderléa faz show na quinta, 19, e Roberto Carlos, no sábado, 28 – leia mais em texto nesta página), não é citada com ênfase nas retrospectivas do gênero que este ano completa 50 anos. Mas a cidade teve um papel significativo. Belo Horizonte não só foi berço de ídolos da Jovem Guarda, como também foi fundamental para furar os bloqueios que o preconceito contra o rock’n’roll impunha sobre os artistas da época e inaugurar uma nova fase de irreverência e subversão para a moderna juventude da época.

De BH saíram Martinha, Márcio Greyck e Eduardo Araújo – sem contar que de Governador Valadares veio Wanderléa, e de Mariana, Sylvinha. A cidade tinha ainda uma versão própria do programa “Jovem Guarda”, o “Brasa 4”, apresentado por Dirceu Pereira e transmitido pela TV Itacolomi, um dos únicos dedicados inteiramente ao rock no Brasil.

Juventude transviada

Eduardo Araújo e Sylvinha

“Nós éramos os garotos que todo pai abominava”, lembra Eduardo Araújo, 72, que clama ter sido o primeiro mineiro a ter gravado um disco de rock – “O Garoto do Rock”, lançado pela Phillips em 1961. “Eu fui um dos pioneiríssimos do gênero em Belo Horizonte. Fiquei famoso na cidade por causa da lambreta e do violão nas costas. Nós nos reuníamos no Bar da Savassi, que era ali numa esquina da Bias Fortes, ou na praça Raul Soares, e o pessoal chamava a gente de ‘juventude transviada’”, lembra o belo-horizontino, que em 1958 já cantava suas próprias composições e versões de Elvis Presley e Little Richard acompanhado por um grupo de rock, “The Playboys”.

“Minha formação musical veio de Luiz Gonzaga, mas quando Bill Haley e Seus Cometas vieram tocar aqui no lugar que hoje é o Minascentro (à época sede da Secretaria de Saúde do Estado), em 1958, eu resolvi abraçar esse ritmo alucinante. Esse show, inclusive, era proibido para menores, mas eu dei um jeito e passei pelo telhado. E foi aí então começou esse movimento do rock’n’roll em BH, que junto com São Paulo e Rio quebrou os tabus e os bloqueios da mídia que existiam”, recorda Eduardo, que recebeu de Chacrinha o apelido de “O Bom”, em virtude do hit homônimo que ele compôs ao lado de Carlos Imperial, padrinho de Roberto e tantos outros.

“Era muito difícil fazer show, mas aí o Imperial montou o Clube do Rock, que levava a gente pra fazer apresentações em circos, clubes e cinemas. Minas Tênis, Cine Brasil e Palladium era onde a gente sempre tocava em 1962”. Sobre esses shows, reza uma lenda contada pelo radialista Elmar Tocafundo (1940-2001), divulgador da gravadora CBS em Belo Horizonte, que um Roberto Carlos ainda anônimo foi escalado para fazer uma apresentação em um circo instalado no bairro São Paulo (região Norte da capital). O público foi composto por duas pessoas: Elmar e o proprietário do circo.

Amigo de Roberto desde que se mudara para o Rio, em 1960 (aos 16 anos), Eduardo revela que o capixaba era, desde o princípio, seu melhor marqueteiro. “A primeira coisa que o Roberto queria saber era o telefone das fãs. Sedutor, ligava para elas, mas estava interessado em sugerir que elas telefonassem para as rádios e pedissem suas músicas. Roberto sempre foi um ‘catitu’, aquele cara que onde tem uma brecha, entra”, define o cantor e compositor, antes de se vangloriar por ter tido, com o programa “O Bom”, na TV Excelsior (de 1966 a 1968), audiência equiparada à de Roberto na Record. “Eu fazia sucesso porque meu programa era rock’n’roll, passava antes de “A Muralha” (novela de maior repercussão da época) e porque eu tinha uma loirinha que era a paixão de toda a juventude desse Brasil: Sylvinha”, diz Eduardo, prometendo esmiuçar as histórias da época na autobiografia que vai lançar: “Pelos Caminhos do Rock”.

Carreata de calhambeque

Amigos - Elmar Tocafundo entrevista Roberto Carlos no estúdio da Guarani em 68

O radialista e apresentador Dirceu Pereira lembra com saudades da vinda do já então consagrado trio Ternurinha, Brasa e Tremendão a Belo Horizonte, em 1967. Ele e Elmar Tocafundo faziam parte da comitiva que recepcionou o grupo no aeroporto da Pampulha. A chegada deles, como tudo que envolvia a Jovem Guarda, foi viabilizada com patrocínio da loja Só Calças, conta Dirceu. “O Roberto veio lançar um produto da loja e a grande música do momento era ‘O Calhambeque’. Fizemos, então, um desfile de calhambeques vindo da Pampulha até o Minascentro. Acabou que o ginásio ficou pequeno e no outro dia não tinha mais uma calça na loja”, recorda.

O publicitário Everton Moscardini Naves, 60, estava no show e conta que “foi um negócio de louco”. A histeria que tomava conta do Brasil invadiu Belo Horizonte de vez. “No ginásio não dava pra escutar nada, porque a mulherada não parava de gritar. Elas puxavam cabelos e choravam o tempo inteiro. Baixava nelas uma coisa. Elas aproveitavam pra extravasar toda a repressão da época ali, eu acho. Do show mesmo só consegui ver o chapéu do Erasmo”, comenta Everton, ressaltando o quanto aquilo chacoalhou a cidade.

O então jovem Márcio Cherchi não sabe precisar se era este mesmo show no Minascentro o primeiro de Roberto, Wanderléa e Erasmo a que assistiu. Só se lembra de que Belo Horizonte parou em função do Rei. “Lá estava eu bem na frente daquela muvuca no ginásio. Só consegui entrar porque um porteiro que já me conhecia fingiu que não me viu”, conta. No mesmo ano, Cherchi adicionou Y e K a um sobrenome fictício para soar “mais gringo”, se tornou Márcio Greyck e largou de vez as serenatas – que fazia embaixo das janelas de amigos para “ganhar o troco das despesas básicas” – para lançar pela Polydor o compacto homônimo, com versões dos Beatles. O menino que antes passava as tardes livres no quarteirão entre a rua da Bahia e a avenida Augusto de Lima – em frente à Pep’s, loja que revendia todo tipo de produtos ligados à Jovem Guarda e portanto point da época –, em pouco tempo vendeu mais de 500 mil cópias com “Impossível Acreditar Que Perdi Você” (1970) e se tornou um dos nomes da Jovem Guarda.

Os dois Chacrinhas mineiros

Numa tarde que parecia normal, em 1962, Elmar Tocafundo (1940-2001), então programador das rádios Mineira e Guarani e divulgador da CBS (hoje Sony), foi chamado na portaria para atender ao chamado de um “rapaz da gravadora”. O garoto era Roberto Carlos, até então um ilustre desconhecido, que se apresentou e pediu ajuda para pagar as diárias do hotel Magestyc, na rua Espírito Santo, no centro de Belo Horizonte, onde estava hospedado. Elmar arranjou para que ele cantasse à noite numa brecha da programação musical e ali nasceu a amizade entre eles.

Ao lado do apresentador Dirceu Pereira, Elmar foi um dos responsáveis por lançar vários roqueiros e grupos belo-horizontinos. O também radialista Odair Pinto foi o primeiro a dedicar meia hora ao rock no rádio mineiro, mas a dupla Dirceu e Elmar tem importância comparada à de Chacrinha no posto de embaixadores da Jovem Guarda em Belo Horizonte.

“Desde o episódio do hotel, Roberto se apaixonou pelo meu pai. Quando em BH, ele sempre ia à minha casa”, conta Daisymar Tocafundo, uma das filhas de Elmar. “Eles eram amigos do tipo que tinham até código próprio pra bater na porta, jeito de assoviar. Era meu pai quem escolhia as roupas do show do Roberto na cidade”, detalha Daisymar sobre o pai que, logo depois do primeiro contato com Roberto, rodava por todas as rádios da cidade com discos do cantor embaixo do braço.

Influente e querido, Elmar fazia com que todo mundo tocasse o que pedia. “Ele fazia tudo com amor e tinha prazer em ver estourar a música de seus artistas. Ele foi o primeiro radialista a abraçar dessa maneira a Jovem Guarda em BH, tanto que o Márcio Greyck o comparou ao Chacrinha no Rio e Antônio Aguilar em São Palo. Sylvinha também o chamava de ‘pai dos artistas’”, afirma Daisymar, ao que Eduardo Araújo faz coro. “Dirceu Pereira e Elmar Tocafundo foram os caras que mais batalharam pela música jovem em Belo Horizonte”, afirma Eduardo, que enxerga o “Brasa 4”, programa nos moldes do “Jovem Guarda” que Dirceu apresentou na TV Itacolomi de 1968 a 1971, como um divisor de águas. “O ‘Brasa’ abriu de vez as portas e as cabeças do povo em BH”.

Everton Moscardini, 60, espectador assíduo dos programas com artistas da Jovem Guarda, conta que entre seus amigos era comum que fossem organizadas reuniões para acompanhar as apresentações na TV – o que não excluía a “rivalidade” entre “Brasa 4” e “Jovem Guarda”.

“Aquilo tudo na TV era maravilhoso. Era inovador, urbano, rock’n’roll. Tudo o que saía nas revistas à respeito da Jovem Guarda a gente colecionava. Quando veio o ‘Brasa 4’, só com músicos locais, então! Eu até fui em alguns, no Palácio do Rádio, onde é hoje o Teatro Alterosa. Lembro de ver o Greyck e a Martinha no programa – ela era uma gracinha. Minha irmã gritava com a TV quando o Roberto aparecia, mas tinha ódio do ‘Brasa 4’ por achar que ele imitava. Eu gostava dos dois, mas tinha carinho pelo ‘Brasa’ por ser coisa nossa”, diz.

“Em Minas tinha a chamada Tradicional Família Mineira, que não aceitava roupas curtas, dança, som das guitarras. A Jovem Guarda veio pra mostrar uma nova realidade, mudar a cabeça do público e quebrar os preconceitos e a timidez. Nosso ‘Brasa’ foi importante. E a gente copiava um pouco o ‘Jovem Guarda’ porque, como o Imperial dizia, ‘prefiro ser vaiado na minha mercedinha do que aplaudido no ônibus’”, conclui Dirceu.

A descoberta de Martinha


Martinha foi um dos nomes mais conhecidos do movimento

Foi num encontro às 3h da madrugada em uma casa na rua Cláudio Manoel, no bairro Serra, região centro-Sul de Belo Horizonte, que a sorte da então aspirante a cantora Martinha começou a mudar. Ninguém menos que Roberto Carlos foi vê-la cantar, após um show na capital. Duas versões dão conta da história que culminou com a ida do Rei à casa da garota, então com 19 anos. A belo-horizontina conta que foi “tão fácil que pareceu até obra do destino”. Sua mãe era amiga do radialista Elmar Tocafundo, que levou pessoalmente o líder da Jovem Guarda até sua casa. Daisymar Tocafundo, uma das filhas de Elmar, no entanto, conta que não foi tão simples assim.

“Dona Ruth saía atrás do meu pai pela cidade inteira insistindo para que ele levasse alguém para ouvir a Martinha. O papai até levou o Jerry Adriani uma vez, mas ele não viu muito futuro. Mas como homem de ouvido bom, meu pai viu no primeiro acorde que a Martinha ia vingar e disse que ia ajudá-la, até que ele levou o Roberto”, conta.

Certo é que foi por puro carinho à amizade com Elmar que Roberto aceitou ir à casa de uma desconhecida, de madrugada, depois de um show. Martinha cantou, ao violão, “A Garota do Baile”, do próprio Roberto, e agradou tanto ao Brasa que, três dias depois, ela já estava em São Paulo participando do “Jovem Guarda” com o apelido de “Queijinho de Minas”.

“As coisas estavam tão escritas, que até a data é significativa: foi dia 6 do 6 de 66. Foi inexplicável ver aquele ídolo sentado na minha casa, como se fosse igual a mim. O Roberto estava precisando de vozes femininas no programa e achou o meu tipo de timbre bem diferente e bonito. A Jovem Guarda nem era o meu segmento, eu era pianista, estudante de música clássica, mas à medida que o movimento foi tomando força em BH, eu me entreguei”, conta a cantora, que ficou famosa ao som de músicas como “Eu Daria a Minha Vida”.

Curiosidades da Jovem Guarda

Lênin - O nome da atração musical foi criado pelo publicitário Carlito Maia, inspirado em um trecho do discurso do líder revolucionário russo Lênin: “O futuro pertence à jovem guarda porque a velha está ultrapassada”. Mas, no final, acabou batizando toda uma leva de cantores e bandas nacionais que incorporaram às suas composições elementos do rock’n’roll.

Minissaia - Além da música, a Jovem Guarda influenciou a linguagem e os padrões de comportamento da moçada. A minissaia, por exemplo, virou coqueluche depois de expor as pernas de Wanderléa.

Popular - Os bordões falados por Roberto e Erasmo eram repetidos por todos os fãs. No auge da sua popularidade, a Jovem Guarda chegou a mobilizar 3 milhões de espectadores só em São Paulo.

Para reviver o frisson
Quando uma caravana de desconhecidos rebeldes chegou ao bairro do Cordovil, no Rio de Janeiro, Wanderléa era uma jovem cantora, mas já de sucesso. Convidada pela gravadora CBS a assistir o show daqueles meninos, a mineira – que até então cantava o repertório sério e adulto das grandes cantoras do rádio – se encantou com a algazarra, a alegria e a irreverência da música que eles faziam. Roberto Carlos estava entre eles e ali mesmo os dois já entenderam que voltariam a se encontrar. Dito e feito.

Depois de fazer história juntos, como líderes da Jovem Guarda, Wanderléa e o Rei Roberto voltam a Belo Horizonte em shows separados. A Ternurinha traz ao Teatro Bradesco o espetáculo “Wanderléa... Maravilhosa”, que revisita o repertório do disco homônimo que lançou em 1972, e Roberto volta ao Mineirinho para mais um pout-pourri de hits.

Wanderléa
Teatro Bradesco do Centro Cultural do
Minas Tênis Clube (r. da Bahia, 2.244,
Lourdes, 3516-1360). Quinta (19), às 20h. Ingressos esgotados.

Roberto Carlos
Mineirinho (av. Antônio Abrahão Caram, 1.001, Pampulha, 3499-1171). Sábado (28), às 21h. R$ 120 (arquibancada, inteira), R$ 170 (Vip lateral), R$ 460 (Vip azul) e R$ 650 (camarote).

A jornalista Giselle Ferreira entrou em contato com nosso blog quando estava fazendo a matéria para o jornal, demos as informações via Facebook para ela. mas demoramos na resposta que citava fontes do ínicio da Jovem Guarda. Estamos re-publicando a materia feita pela Giselle Ferreira para o jornal O Tempo.





Fonte: O Tempo/Giselle Ferreira

março 13, 2015

As mudanças das mulheres aos 20, 30, 40 e 60 anos

Se na juventude a palavra de ordem é ‘imediatismo', na maturidade o que vale é aproveitar cada momento da conquista, como contam mulheres de diferentes faixas etárias

Se na juventude a palavra de ordem é ‘imediatismo', na maturidade o que vale é aproveitar cada momento da conquista, como contam mulheres de diferentes faixas etárias


Ansiedade, excitação, mistério e táticas de aproximação e sedução. Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Aliás, o momento da conquista é a parte favorita e mais divertida para alguns. O prazer envolvido nesse jogo erótico com uma possível paquera e até com o próprio parceiro independe das idades dos envolvidos.

No entanto, a cada faixa etária, essa experiência vai mudando, de acordo com as mulheres entrevistadas pelo Delas, que estão na casa dos 20, 30, 40 e 60 anos. Da inexperiência no início da vida afetiva e sexual ao acumulo de aprendizado ao longo do tempo, o jogo erótico vai se transformando, deixando para trás o caráter de urgência e a necessidade de ter um resultado imediato, tão característicos da juventude.
Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Mas ao longo dos anos o modo de lidar com isso vai mudando
Conquistar ou ser conquistado é uma experiência que mexe com a cabeça – e com o coração – de muitas pessoas. Mas ao longo dos anos o modo de lidar com isso vai mudando

Para Marcia Neder, psicanalista e pesquisadora do Núcleo de Pesquisa em Psicanálise e Educação da USP, a maturidade também traz uma impaciência com quem não sabe o quer. Ou seja: tolerância zero com paqueras que emitem sinais trocados e que têm medo de se entregar, empatando tudo com o famoso ‘mimimi’.

“Eu vejo as mulheres mais velhas muito mais focadas e determinadas. Elas sabem muito bem em que jogo entrar, o que é cilada ou não, sem muita frescura. Se rolar, ótimo – e se não rolar, tudo bem também. Elas são muito mais livres e se sentem mais à vontade com a própria experiência sexual. Por isso, elas se jogam mais nos relacionamentos, se aproximam dos paqueras com muito mais facilidade e fazem esses jogos com mais disponibilidade, se entregando de verdade”, avalia Marcia, dizendo ainda que essa mudança de postura se dá porque a mulher madura já passou por poucas e boas na vida. “Ela tem muitas marcas, já superou muitas dores e sabe que pode sobreviver às frustrações e rejeições.”

Para as mulheres, então, a boa notícia é que o jogo erótico fica ainda melhor com o passar dos anos e com a maturidade que só a experiência de vida proporciona. Sofrer e se decepcionar são situações que fazem parte desse aprendizado, como contam as quatro entrevistadas a seguir.

20 ANOS: A ERA DOS JOGUINHOS

Para a estudante Letícia Esteves, de 23 anos, os jogos de conquista e sedução têm dois lados – e um deles não é tão empolgante assim. Para ela, o maior problema está na necessidade de dissimular algumas intenções e ficar esperando o outro lado tomar a iniciativa.

Letícia Esteves: "Eu até curto o mistério, a fase do flerte, mas se vejo que o cara está perdido e sem reação, eu acabo tomando a iniciativa e sendo bem direta"

“Quando você começa a sair com um cara e está gostando dele, não pode dar tanto na cara, tem que ficar fazendo a indiferente, essas coisas. Para mim, seria muito mais fácil se as pessoas fossem apenas sinceras. Eu até curto o mistério, a fase do flerte, mas se vejo que o cara está perdido e sem reação, eu acabo tomando a iniciativa e sendo bem direta, mesmo. Sem enrolação”, conta Letícia.

A estudante acredita que a ingenuidade e a inocência também vão diminuindo com os anos, bem como a paciência para lidar com tantas ‘regrinhas’ de conquista. Por isso, ela prefere não perder muito tempo com os jogos. “O que eu detesto nisso tudo é que quem dá o braço a torcer sempre sai como perdedor, é como se a gente não pudesse demonstrar nossos sentimentos porque isso faz de nós fracas e desesperadas por um relacionamento.”

30 ANOS: LIDANDO COM ESTIGMAS

Essa faixa ainda é um estigma para muitas mulheres. Segundo a psicanalista Marcia, uma série de cobranças e conflitos passa a fazer parte do cotidiano delas. “Aos 30, essa mulher ainda está focando em alguns setores da vida, que não o amoroso, e buscando uma experiência sexual que não tinha na juventude. Ela também fica muito dividida coma questão da maternidade. É quando vai chegando perto do deadline. Se ela opta por ser mãe, passa a considerar um relacionamento mais sério, e não só os casuais. Aí o jogo é diferente”, atenta ela.

Renata Rolisola concorda que, com o passar dos anos, o foco é realmente outro. Hoje com 30 anos, a empresária se sente muito mais segura e bonita do que há 10 anos, mesmo acreditando estar com alguns quilinhos ‘a mais’. Para ela, um pouco mais de experiência já influencia a autoestima das mulheres e as expectativas em relação às paqueras e aos jogos de sedução.

Renata Rolisola: "Na verdade, o que faz a gente entrar em tantos joguinhos, mesmo contra a nossa vontade, é a insegurança de ficar sozinha"


“Quando eu estava solteira, a minha preocupação maior era com a minha saúde e com a minha profissão. Então, se esse jogo rolar, rolou. Fico bem mais tranquila do que antes. Na verdade, o que faz a gente entrar em tantos joguinhos, mesmo contra a nossa vontade, é a insegurança de ficar sozinha. Eu penso que é melhor estar só do que mal acompanhada, por ter visto de perto casamentos falidos, como o do meu pai e da minha mãe, e relacionamentos desgastados. Hoje em dia, existe vibradorzinho, alguns programas do Netflix e HBO, e outras coisas para a gente se bastar”, comenta Renata com bom humor.

40 ANOS: APOSTANDO NO QUE VALE A PENA

Se aos 20 a paciência é quase inexistente para jogos e truques de sedução, aos 40 as coisas mudam de cenário. A experiência permite “selecionar” melhor, naturalmente, os jogos que valem a pena. Por isso, a tensão e o mistério do que antecede uma relação valem mais a pena do que simplesmente o seu objetivo: transar. Isso não quer dizer que vamos ficando mais puritanas com os anos, pelo contrário. Para a professora Gloria Marqueti, de 45, a ‘sem-vergonhice’ é maior nessa fase.

“Quando a gente é nova, temos essa necessidade do prazer imediato. Com a maturidade, porém, dá para ver que existem muito mais coisas por trás do objetivo final e do sexo, em si. Esse jogo é muito legal. Não sinto mais o mesmo imediatismo da juventude, nem tanta preocupação. Nós precisamos parar de nos preocupar com coisas pequenas, e apenas aprender a curtir o momento. Cada fase e cada jogo têm a sua respectiva beleza. Nessa fase, acredito que tudo fica bem mais gostoso e envolvente”, pontua Gloria.

60 ANOS OU MAIS: TRABALHANDO COM A REALIDADE

Jogar bem, para a representante comercial Dilma Cortês, não tem a ver só com o poder de sedução e conquista de cada um. Para ela, uma das maiores conquistas dos 60 anos em relação à juventude é sobre trabalhar com a realidade, e não com expectativas. “Hoje eu tenho outro foco, que são homens mais velhos, e sou realista. Não miro nos caras que são maravilhosos, por exemplo. Hoje estou saindo com um cara de 75 anos, e me sinto super bem com isso”, revela Dilma.

Dilma Cortês: "Me sinto segura porque já sei o que posso e o que não posso fazer"

O desprendimento também é uma característica marcante das mulheres que estão vivendo esse momento. Além de se sentir mais realista, Gloria acredita que segurança, autoestima e plenitude são os maiores diferenciais da maturidade. Para ela, estar solteira (mas com alguns ‘peguetes’, como ela gosta de dizer) e ainda ser avó de três crianças é motivo de orgulho, não de desespero ou preocupação.

“Eu lido melhor com a rejeição e tenho menos medo de me jogar. Eu sei que eu posso ser assim, que não é errado me sentir bonita, charmosa e gostosa. E me sinto segura porque já sei o que posso e o que não posso fazer, além de ter a paciência de conquistar alguém devagarzinho. Pode não ser hoje, mas vai ser amanhã”, conclui Gloria.





Fonte:www.webradioepocas.com.br

março 05, 2015

Nos anos 70 tinha: Afiador de facas, casquinha e o sorveteiro


Muito antes das facas Ginzo 2000 e dos afiadores da Tramontina, existia um profissional que anunciava o seus serviços tocando uma gaitinha de boca.

Mesmo na década de 70, o afiador de facas já era uma figura meio deslocada no tempo. Afinal, a classe média já podia comprar uma dúzia das modernas facas de serrinha – que dispensavam a “afiação”.

Eu não tenho bem certeza da origem do vendedor de casquinhas, aquela massa enrolada, bem fininha, feita de água, farinha de trigo e açúcar.

Mas em quase todo o Brasil ele trazia um imenso cilindro preso ao ombro por uma tira de couro, batendo um ferro numa placa de madeira que trazia nas mãos para anunciar o produto.

Finalmente, o sorveteiro. Da Kibon, é óbvio. O som inconfundível da corneta era o terror de todos os pais, principalmente quando tocava antes da hora do almoço.

Os principais produtos eram o picolé de chocolate, o Chicabom, o Eskibon e o meu preferido: o copinho Carioca (meio chocolate/meio creme), que vinha com uma pazinha de madeira.





Fonte:www.blogdopaz.com.br

março 03, 2015

Roberto Carlos faz show no estádio do Palmeiras em abril; ingressos à venda

Rei Roberto Carlos fará show de aniversário no novo estádio do Palmeiras, em 18 de abril

O cantor Roberto Carlos fará show especial de aniversário no novo estádio do Palmeiras, no dia 18 de abril, às 21 horas. O rei comemora 74 anos no dia seguinte.

Os ingressos estão à venda pelo site Ingresso Rápido, por telefone ou na bilheteria do estádio. Alguns setores, como o amarelo e o branco, já estão esgotados.

Os valores vão de R$ 50 (meia-entrada na plateia superior) a R$ 700 (inteira no setor premium azul).

Serviço
Show de aniversário de Roberto Carlos

Quando: Dia 18 de abril, às 21h
Onde: Estádio do Palmeiras (Avenida Francisco Matarazzo, 1705 - Água Branca)
Quanto: De R$ 50 (meia) a R$ 700 (inteira)
Vendas: www.ingressorapido.com.br, pelo telefone (11) 4003-1212 ou na bilheteria do estádio, de segunda a sábado, das 11h às 19h





Fonte:Uol

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